O objetivo é fazer a relação entre as tendências do período
modernista, movimento que mais marcou a história da arte, com as peças
publicitárias e design de hoje.
A proposta do movimento era de romper os padrões acadêmicos
pré-estabelecidos. Perceberam que o paradigma que viviam era ultrapassado e se
fazia necessário romper as barreiras culturais e de estilos. Para ficar claro
sobre a revolução artística que se deu neste período: as artes deveriam imitar
a realidade, especialmente a pintura. Não poderiam fugir da realidade, então,
esta novidade foi plantada e começaram a surgir representações artísticas que
claramente fugiam do padrão estético estabelecido no decorrer dos tempos. Se
referiam como a renovação absoluta da criação.
Na Europa – O movimento modernista começou mais
cedo, além de ter passado por fases muito bem marcadas ao longo do período.
EXPRESSIONISMO – Expressão da percepção com uma
conotação mais emocional e instintiva; se utilizavam da sinestesia para
representar a arte. Aplicavam o exagero como forma de reafirmar os seus
propósitos, que refletiam em proporção e profundidade. Representação de
desordem espiritual e do caos. Seus principais artistas foram Van Gogh e Edvard
Munch.
HOJE: É comum encontrar campanhas
publicitárias, especialmente em fotografias que se utilizem desse estilo pra
exprimir força em uma idéia.
FUTURISMO – Em virtude da produção em massa e da
iminência da substituição do homem pela máquina, o movimento retratou a
exaltação à tecnologia, a dinâmica e a velocidade. Seu principal membro foi
Marinetti, autor de Manifesto Futurista.
HOJE: O Futurismo concretizou o uso de onomatopéias
através de tamanhos e formatos na expressão gráfica. Muito dos experimentos
tipográficos foram iniciados nesse período. Esta tendência é utilizada hoje em
filmes publicitários conhecida como lettering.
CUBISMO – Ruptura mais clara dos paradigmas
estéticos anteriores. A representação artística se dava através de formas
geométricas.
HOJE: Pelas sua própria característica, a
composição vetorial se dá primitivamente a partir de formas geométricas; é
facilmente encontrado nas ilustrações de representação artística e de função
(no design e na propaganda).
SURREALISMO – Buscavam a super-realidade, a
não-superficialidade. Inspirados por Freud, trabalhavam o inconsciente
exaustivamente. Os principais artistas foram Salvador Dalí e Rene Magritte.
HOJE: Um curta-metragem foi lançado em março
de 2012 seguindo o conceito surrealista, utilizando maquiagens excêntricas e
construído em torno da ideia de convergência e harmonia entre as coisas vivas.
DADAÍSMO –
Observava-se reações violentas e negativas das aceitações passivas. A arte era
provocativa e ao mesmo tempo inovadora. Foi rapidamente associado ao anarquismo
da arte, marcado pelo sarcasmo impresso no caráter das peças. Marcel Duchamp se
destacou dentre os artistas desta tendência.
HOJE: Seguindo
o espírito de Duchamp ao dizer que “será arte tudo o que eu disser que é arte”,
a Vodka Absolut promoveu uma campanha utilizando sobras de produtos industriais
após inutilizados de suas funções, e então, fixou a composição em um tronco de
árvore.
o Brasil – Não se opunham à realização artística
anterior, mas eram contra quaisquer condições que inibissem o livre-arbítrio
criativo, simplesmente buscavam uma nova expressão. Lasar Segall fez o primeiro
contato em 1913 com a arte européia desta forma mais inovadora, logo quando
veio ao Brasil e expôs suas claras tendências expressionistas. Entretanto, quem
caracterizou o anti-academicismo no movimento foi Anita Malfatti, que seguiu as
tendências expressionistas trazidas por Segall, que até então não sofria tantos
questionamentos de função na sociedade artística do período. Malfatti chamou
atenção e apontou novos caminhos principalmente através do uso das cores. Entre
os que se interessavam por essa inovação, Di Cavalcanti era um deles. Viveu na
Europa e conheceu vários artistas notáveis da época. Quando foi dada a
oportunidade, foi um dos incentivadores da Semana de Arte Moderna, em 1922. Com
sua arte amadurecida, ganhou espaço de forma mais definitiva na pintura
brasileira.
A importância da
Semana Moderna de 1922 se deu pelo fortalecimento da proposta de busca por
novos caminhos na arte brasileira, que já vinha acontecendo desde muito tempo e
contribuiu decisivamente para a arte moderna brasileira.
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